A importância da escolha do cirurgião plástico

Recentemente vários fatores vêm contribuindo para a popularização da Cirurgia Plástica no Brasil. A introdução de novas técnicas, bem como a modernização de métodos clássicos, simplificando os processos cirúrgicos, o avanço das técnicas anestésicas e a excelência dos cirurgiões plásticos brasileiros têm cada vez mais se tornado atrativos para as pessoas interessadas em realizar um procedimento cirúrgico com fins estéticos. Paralelamente, a relativa estabilidade econômica proporcionou o acesso às cirurgias plásticas a pessoas de classes sociais que antigamente não tinham condições de realizar as, até então caríssimas cirurgias. Hoje não é incomum recebermos na Clínica Modena, pacientes assalariadas que podem, enfim realizar o sonho da cirurgia plástica.

Todos esses fatores levaram a um “boom” na procura pelos procedimentos, e cada vez mais e mais pessoas têm acesso aos nossos serviços. Essa grande procura gera um nicho de mercado bastante interessante, despertando o interesse dos jovens médicos a se especializarem e atuarem na área, fazendo com que habitualmente os concursos de residência em Cirurgia Plástica estejam entre os mais concorridos das especialidades médicas. Para poder ser admitido em um programa de especialização em Cirurgia Plástica o médico precisa anteriormente ter concluído residência médica / especialização em Cirurgia Geral, com duração de dois anos, onde recebe treinamento ostensivo e abrangente para o tratamento de inúmeras patologias cirúrgicas e é capacitado para o ingresso na especialização em Cirurgia Plástica, com duração de três anos. Dessa forma, os médicos devidamente formados especialistas em Cirurgia Plástica habitualmente constituem-se em alguns dos profissionais mais bem preparados do mercado.

No entanto esse grande mercado consumidor também atrai um grande número de profissionais sem a devida capacitação, conforme o reconhecido pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica. Existe uma grande quantidade de cursos que realizam um breve treinamento das técnicas cirúrgicas em si, com carga horária infinitamente inferior aos reconhecidos programas de especialização, porém é deficiente em todos os outros aspectos relacionados a uma cirurgia plástica, como indicações, contra indicações, complicações e seus tratamentos, entre outros. Não é difícil na nossa prática clínica nos depararmos com médicos de outras áreas, ou mesmo sem qualquer especialização realizando procedimentos como aumento de seios com prótese de silicone, lipoaspiração, plástica de abdome (abdominoplastia), plástica de face (lifting), plástica de nariz (rinoplastia), entre muitos outros. É muito importante ressaltar que o paciente que se submete a uma cirurgia estética com um profissional não qualificado além da possibilidade de um resultado final pobre, está correndo um maior risco de complicações, inclusive aquelas graves, com risco à vida. Nenhum procedimento cirúrgico é isento de riscos e isto inclui as cirurgias plásticas, no entanto aquele/aquela que se submete a cirurgia com médico não qualificado está aumentando incomensuravelmente este risco. Uma pesquisa realizadapelo CREMESP (Conselho Regional de Medicina de São Paulo) concluiu que 97% dos processos ético/profissionais na entidade relacionados a cirurgias estéticas correspondiam a procedimentos realizados por médicos não especialistas em Cirurgia Plástica!

A melhor maneira de se colher informações sobre a capacidade de um médico é através da troca de informações com outros pacientes desse profissional, no entanto é sempre aconselhável uma pesquisa, mesmo que breve, sobre seu currículo e principalmente as bases da sua formação. No caso do cirurgião plástico o maior respaldo que este pode ter é a associação à Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, esta consulta pode ser realizada através do site www.cirurgiaplastica.org.br.

Até logo!

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